Norma de Desempenho é realidade no Brasil

Comissão vai revisar a Norma em vigor há cinco anos no país Após cinco anos em vigor, a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais (ABNT NBR 15575) ainda apresenta muitas dúvidas em relação à execução. O documento estabelece importantes critérios na área da construção civil de modo que sejam cumpridos requisitos mínimos de segurança nos imóveis. De maneira simples é uma avaliação de comportamento do imóvel em uso que, para atingir a durabilidade projetada inicialmente, deverá ser bem construído, utilizado de maneira adequada com as devidas manutenções em dia. Apesar de pouco tempo, já é possível sentir diferença do mercado brasileiro da construção civil. Segundo a engenheira civil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/BA) Priscila Freitas, as empresas estão preocupadas em se adequar à norma. “Em quatro anos já contabilizamos 63 empresas atendidas”, afirma.  

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  Para Priscila essa capacitação “é de extrema importância para o mercado, pois como o próprio nome já diz é uma Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais. Ou seja, desde que seja residencial, em qualquer lugar do país, o imóvel deve obedecer à norma. Inclusive, as edificações não convencionais, como é o caso das construídas com bambu”, disse. Pela primeira vez, uma norma estabelece exigências de conforto e segurança aos imóveis. De modo que o consumidor pode se informar como deve ser essa avaliação. Em setembro será criada a comissão para revisar a Norma que conta com três níveis de desempenho: mínimo, intermediário e superior. Além disso, a regra diz que segurança, conforto e resistência devem proporcionar cada um dos sistemas que compõem o imóvel com: pisos, vedações, estruturas, coberturas e instalações. A norma privilegia os consumidores, contudo esses mesmos usuários têm sua cota de responsabilidade com fabricantes, projetistas e construtores. Priscila acrescenta que vários fatores interferem no desempenho, como os meios de exposição, por isso devem ser pensados durante o projeto. “O usuário é a parte mais frágil, pois não foi educado em como usar a edificação. Então é necessário capacitar para que, por falta de conhecimento e treinamento, algumas garantias não sejam perdidas pelos usuários”, alertou. Reportagem: Erta Souza  (Crea-RN) Edição: Fernanda Pimentel (Confea) Revisão: Lidiane Barbosa (Confea) Equipe de Comunicação da 75ª Soea Fotos: Art Imagem Fotografias