Soea discute ensino, legislação e Engenharia de Segurança do Trabalho

Gramado, 11 de agosto de 2023.

Mesmo com toda tecnologia inserida no dia a dia dos ambientes de trabalho, é preciso que elas sejam acompanhadas por medidas de prevenção visando a um ambiente mais seguro para as pessoas. Esse foi o teor da discussão que girou em torno do painel “Desafios atuais da Engenharia de Segurança do Trabalho: ensino, legislação e aplicação”, realizado no auditório Barbaridade, nesta sexta-feira (11/08), último dia da 78º Soea. A moderação foi do conselheiro federal eng. mec. e eng. seg. trab. Aysson Rosas Filho.
 

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Presidente da Associação Piauiense dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Apiest), eng. civ. Hércules Medeiros
Presidente da Associação Piauiense dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Apiest), eng. civ. Hércules Medeiros

O eng. seg, trab, eng. eletric. e eng. civ Hércules Medeiros, presidente da Associação Piauiense dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Apiest), abriu o painel com a palestra “Maturidade da Gestão de SST- insalubridade, aposentadoria especial e prevenção” e destacou a necessidade de uma gestão madura e eficaz da segurança ocupacional, considerando as constantes mudanças tecnológicas, regulatórias e culturais. Além disso, o palestrante abordará a importância do ensino na formação de profissionais competentes e éticos. “Os últimos anos têm trazido uma grande revolução na Segurança do Trabalho. A atualização das Normas Regulamentadoras e o e-Social são alguns dos fatores responsáveis. A grande pergunta é: como as empresas brasileiras podem acompanhar essa transição?”, afirmou.
 

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Eng. eletric. e eng. seg.trab. Roberto Krieger
Eng. eletric. e eng. seg.trab. Roberto Krieger

Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
O segundo palestrante foi o eng. eletric. e eng. seg.trab. Roberto Krieger, que ministrou a palestra “A segurança das instalações elétricas em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)” e falou sobre como minimizar os riscos de acidentes. “Inicialmente, para minimizar os riscos deve-se contratar profissionais habilitados para garantir um funcionamento adequado e, principalmente, os gestores dos EAS se conscientizarem de que engenharia não é custo, mas investimento em segurança de vida. Qualquer falha em uma indústria têxtil, de metal, pode interromper um processo de produção, que porventura será recuperado eventualmente. Já no EAS, qualquer falha que possa gerar um óbito numa UTI ou numa sala cirúrgica é irreversível”, disse.
 

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Presidente da Acest-SC, o eng. seg. trab. Darlessandro Ribeiro
Presidente da Acest-SC, o eng. seg. trab. Darlessandro Ribeiro

Tecnologias e tendências
Outro tópico discutido foi as novas tecnologias e as tendências para a segurança do trabalho,  debatido através do presidente da Acest-SC, o eng. seg. trab. Darlessandro Ribeiro, que trouxe exemplos de novas tecnologias da segurança do trabalho como: a IoT, que é a internet das coisas,  drones, robôs, o Digital Twin. “A tecnologia ajuda na retirada de riscos específicos ou de alto grau de risco do trabalhador. Obviamente, precisaremos das pessoas e tem um ponto que é importante frisarmos: as novas tecnologias não eliminarão o trabalho humano”, concluiu.
 

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Engenheira de segurança do trabalho Emília Regina Domingos
Engenheira de segurança do trabalho Emília Regina Domingos

Desafios
A eng. seg. trab. Emília Regina Domingos complementou o painel com o tema “Desafios atuais da engenharia de segurança do trabalho: legislação e aplicação”. Para ela é essencial encontrarmos maneiras de harmonizar as expectativas legais com a realidade do dia a dia das empresas e exige uma abordagem colaborativa entre engenheiros de segurança do trabalho, empregadores e trabalhadores”, finalizou.

Reportagem: Anna Jescika (Crea-PI)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 78ª Soea
Fotos: Stúdio Feijão & Lentilha