Vitória (ES), 07 de outubro de 2025.
Durante a 80ª edição da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), realizada em Vitória (ES), no painel “Saneamento: inovações e sustentabilidade” foi discutido o reúso de água, abordando como a tecnologia e a inovação podem ser aliadas fundamentais no avanço do saneamento sustentável no Brasil.
O momento reuniu nomes importantes do setor como o consultor de Relações Governamentais da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon/Sindcon), Diego Tinoco; o presidente Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção Rio de Janeiro (Abes-RJ), eng. civ. Renato do Espírito Santo; a diretora da Abes-RJ, eng. civ. Mickaela da Paixão; e a doutora em engenharia civil com ênfase em gestão da água pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a eng. civ. Anna Virginia Machado.
Entre os principais pontos debatidos, o reúso de água foi defendido não apenas como uma solução técnica, mas como uma necessidade estratégica. A engenheira Anna Virgínia Muniz Machado abriu o painel com um chamado à responsabilidade. “O primeiro passo é usarmos os recursos com mais consciência”. Segundo ela, inovação em saneamento exige não só novas tecnologias, mas também uma mudança de mentalidade da gestão pública à ação individual. Na ocasião, ela apresentou o projeto Aquapolo, que foi desenvolvido como uma solução para gestão hídrica das mudanças climáticas. O Aquapolo fornece água de reúso para o Polo Petroquímico de Capuava e Indústrias da Região do ABC Paulista.
Engenheiros como protagonistas
O consultor em relações governamentais da Abcon Sindcon, Diego Rubstem Tinoco, reforçou o papel dos profissionais da engenharia no avanço do setor. “Precisamos engajar os engenheiros”, afirmou. Ele defendeu ainda uma articulação maior entre profissionais, governo e empresas privadas para acelerar e garantir que o novo Marco Legal do Saneamento cumpra sua missão.
O presidente da Abes/RJ, Renato Lima do Espírito Santo, trouxe ao debate o impacto das mudanças climáticas e a necessidade urgente de garantir segurança hídrica. “Saneamento é uma questão de saúde e agora, mais do que nunca, de resiliência climática. Ele também apresentou a programação do Sanea-Rio 2025, evento que será realizado no próximo dia 29 de outubro e que deve aprofundar os debates sobre os desafios da segurança hídrica frente às mudanças climáticas.
Outro destaque do painel foi a palestra da especialista Mickaela Paixão, que provocou uma reflexão sobre o papel da juventude no futuro do saneamento. “Os caminhos para o futuro são os jovens, e precisamos moldá-los com conhecimento”, afirmou. A engenheira lembrou iniciativas como o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, que tem contado com forte participação brasileira, e a atuação do Jovens Profissionais do Saneamento da (JPS Abes), rede que busca engajar e despertar habilidades e lideranças entre jovens profissionais para satisfazer necessidades do setor. “A sociedade como um todo deveria ter conhecimento básico sobre o ciclo da água e o saneamento. É um direito e uma responsabilidade coletiva”, concluiu ao encerrar o painel Saneamento: inovações e sustentabilidade, que aconteceu no auditório 5: Caboclo Bernardo.
Reportagem: Anna Jéscicka
Edição: Fernanda Pimentel
Equipe de Comunicação da 80ª Soea
Fotos: Sto Rei e Impacto/Confea









